Uma das principais contradições da segurança pública brasileira, é a ambiguidade dos nossos operadores da lei, em especial; os agentes operacionais fardados.
Paradoxalmente, a atividade policial, sempre foi desprestigiada e vista com desconfiança pelas elites dirigentes de nosso país, que diante da enorme violência resultante de uma sociedade construída sobre escravidão e genocídio, recruta entre os mais pobres os agentes responsáveis pela aplicação das leis do Estado.
Se em outro período o Capitão do Mato, trazia consigo a contradição de ser o principal agente na repressão às suas próprias raízes; Hoje, homens e mulheres das classes C e D, encontram nas forças de segurança uma oportunidade viável de ingressar no serviço público, e igualmente; se vêem diante do desafio moral de reprimir as suas origens.
Assim, a lógica militar das instituições, é essencial para disciplina-los quanto à sua subordinação social, onde ordem dada, é ordem cumprida, e a tradição se mantém.
Assim, a lógica militar das instituições, é essencial para disciplina-los quanto à sua subordinação social, onde ordem dada, é ordem cumprida, e a tradição se mantém.
O que a História nos revela, é que a segurança pública no Brasil sempre foi sinônimo de força do Estado contra as massas, e que devido às nossas peculiaridades, opressor e oprimido tem a mesma raiz social, e muitas vezes se parecem um com o outro.
