1926. A criação da Guarda Civil de São Paulo


Com a Força Pública empenhada em se constituir em um poderoso exército, criou-se um vácuo no policiamento urbano de São Paulo, no inicio dos anos 20 do século passado. Naquele período eclodiam greves, manifestações e grandes tensões sociais, tudo nas dimensões da metrópole; O que causava grande prejuízo à ordem pública de uma cidade com mais de 579.000 habitantes e que aspirava à modernidade.
Idealizada por militares, a Lei nº 2.141, de 22 de outubro de 1926 instituiu a Guarda Civil de São Paulo. A nova polícia seria a antítese da Força Pública, o garboso uniforme azul marinho, com detalhes dourados era nitidamente inspirado nos uniformes da Gendarmerie, força policial francesa com fortes características militares; apesar de institucionalmente, a Guarda Civil de São Paulo assumir influencias da Metropolitan Police londrina, a França continuava como referência nas questões relacionadas às armas.
A nova instituição paulista tinha uma atuação menos repressora, o que pode ser diagnosticado no primeiro regulamento da corporação, que recomendava entre outras coisas; o treinamento continuo; a manutenção da ordem em conformidade com o interesse geral; a apresentação pessoal impecável, realizar prisões com polidez policial, bem como conduta privada ilibada para que a função pudesse ter o respeito da população. Algo muito profissional até para os dias atuais.
Este conceito civil de polícia rapidamente difundiu-se por todo o país, e  após pouco mais de uma década já estava presente em 21 Capitais, num total de 9.242 policiais, sendo 2.589 somente em São Paulo.